3 atitudes em caso de crise no mercado financeiro

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Excelente texto do nosso Fiscalista Dany Provost. Tradução livre para atuais e futuros investidores.

Boa leitura!

Devemos acreditar no que é falado sobre a situação dos bancos na China e há motivo de preocupação e acreditar que o que aconteceu em 2008 pode acontecer novamente? Ninguém imaginou que poderia ser assim tão rápido… Compartilho aqui algumas idéias caso alguma coisa venha a dar errado… e eu não estou falando sobre a Coréia do Norte!

1. Não entre em pânico

Se há uma coisa que devemos lembrar de todas as crises e “crisezinhas” que enfrentamos nos últimos anos, é que estar em estado de pânico é a pior coisa a fazer. Os picos baixos devem, portanto, ser vividos a sangue frio. Nunca cansaremos de repetir isso.

Não venda seus investimentos quando estão em baixa. A história mostra que, mesmo nas crises mais intensas, que duraram um ano ou menos, as pessoas que tiveram a paciência de permanecer no mercado foram recompensadas a médio prazo. Na verdade, o pior cenário é a venda rápida de seus investimentos. Você não estará mais lá para aproveitar a recuperação do mercado.

Não acelere o reembolso das suas dívidas. Claro, se você tem cartões de crédito que cobram taxas exorbitantes, eles devem ser pagos primeiro, com ou sem crise. Mas para dívidas “normais”, não há necessidade de acelerar o pagamento por causa de uma crise. A razão é simples: as crises no mercado de ações ultrapassam as crises financeiras. Em tempos de crise financeira, a economia é lenta. Isso coloca uma pressão descendente sobre as taxas de juros para reanimar a economia.

Não é porque um aspecto ou dois da sua situação financeira são afetados por uma crise que você tem que jogar a toalha. Continue planejando sua aposentadoria, mantenha seu seguro, pague suas contas, coloque gasolina no carro e não morra de fome!

2. Investir mais no mercado

Não pense em vender seus investimentos. Ao invés disso, invista mais. Tenha confiança no mercado financeiro. Afinal, você não investiu no mercado antes da crise?

Se você tivesse investido no mercado canadense e analisado seu desempenho nos últimos 12 meses, em 23 de fevereiro de 2009, seu retorno teria sido de -44,2% (sem considerar as taxas). Mas deixando as coisas como estavam, você teria recuperado todo o dinheiro “perdido” no 1º de fevereiro de 2011, menos de dois anos depois! E saiba que essa foi, da história, a pior crise do mercado de ações do ano. A crise acabou durando 12 meses em 8 de março de 2010 tínhamos uma queda de 58,1%. Um dia das mulheres com pouco pra se comemorar em termos financeiros.

Por outro lado, se em vez de ter deixado as coisas como estavam, você tivesse investido mais em 23 de fevereiro de 2009, você teria lucrado ainda mais. Se após esses 12 meses você tivesse investido uma quantia adicional, apenas esse “extra” teria rendido 79,3% em menos de dois anos (no dia 1º de fevereiro de 2011, quando suas “perdas” iniciais teriam sido recuperadas).

Claro, não devemos investir em uma única empresa porque corremos o risco de perder tudo. Mas com uma boa diversificação esse risco pode ser eliminado.

3. Relaxe

Depois de terminar de investir, pare de ficar acompanhando o mercado financeiro. A crise pode não acabar e você pode se poupar do estresse. Tenha a audácia de não olhar o desempenho do seu portfólio nos 12 meses seguintes (pelo menos). Eventualmente, você terá uma surpresa agradável. Algo do gênero: “Ei, querida! Por acaso você contribuiu no meu REER/RRSP no ano passado?”

Traduzido e adaptado por Andrea Britto – A sua parceira e conselheira em segurança financeira 2017-08-11

Fonte: Les Affaires Image by Freepik