CLB 9 no IELTS: você também pode atingir o seu

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Olá minha gente! É com muita alegria que venho contar pra vocês que consegui meu CLB 9 no IELTS. Contei com a ajuda da Soraya Quirino, que já tinha me dado suporte quando fiz o Academic em 2015 para o College. Como muita gente pediu dicas da minha preparação para o CLB 9, eu vou falar aqui como foi fazer essa prova quase 3 anos depois de ter vindo para o Canadá.

Uma coisa importante a lembrar é que o IELTS é uma prova bem estrutura e preparada para ser feita de determinada maneira. Saber como fazer a prova é fundamental para se sair bem nela. Por isso, a dica #1 é essa que você vê logo aí abaixo.

Dica #1: Faça aulas preparatórias com professor ESPECIALISTA em IELTS.

Muitos dizem não ter dinheiro para pagar por aulas preparatórias para o IELTS. Outros acham que esse investimento é desnecessário, já que há toneladas de materiais gratuitos disponíveis na internet. Ledo engano. No meu entender, a estratégia de se preparar sozinho vai fazer você gastar muito, mas muito mais tempo e dinheiro do que você gastaria, se tivesse uma preparação adequada para a prova.

Há pessoas que fazem as provas inúmeras vezes até conseguir atingir o CLB necessário. A prova, além de ser cara, é extremamente cansativa e desgastante. A preparação, em si, é desgastante. Então pra que gastar tempo, dinheiro e disposição fazendo a prova várias vezes?

Um bom professor de IELTS sabe te dizer exatamente em que nível você está. Com isso, você evita fazer a prova prematuramente.

Mas veja, estudar inglês e estudar para o IELTS são coisas distintas. Não adianta você pegar um professor para fazer a prova, com a intenção de tirar um CLB 9, se o seu inglês é nível básico. O professor de inglês não faz milagre. Mas o professor poderá te falar: “olhe, seu nível ainda é básico e se você se dedicar bastante durante X semanas, você poderá atingir CLB Y”.

Um bom professor de IELTS pode te dar aulas de inglês geral pra melhorar seu nível de inglês antes de aplicar para o IELTS. Pode, ainda, te recomendar estratégias pra você estudar e melhorar seus pontos fracos. Enfim, várias são os cenários e alternativas. O que eu posso afirmar, com certeza, é que a preparação com um bom professor vai te ajudar a poupar tempo, energia e até dinheiro, dependendo de quantas vezes você tiver que fazer a prova por falta de uma orientação adequada.

Se o seu inglês já está no nível adequado para fazer o teste

Considerando alguém que já esteja num nível intermediário a avançado, eu recomendaria ter um professor no mínimo pra corrigir as redações. Fazer algumas aulas de speaking também ajuda bastante, pra você saber o que esperam que você responda no IELTS, ou como eles esperam que você responda.

A ajuda na redação é fundamental. Na primeira vez que eu fiz IELTS (em 2015, sem professores especializados me preparando), eu perdi muitos pontos no writing, porque eu não sabia que não podia usar contrações. Por exemplo: escrever I’m (contração) em vez de I am. Isso vale para todas as contrações, sem exceção. Na época, eu estava fazendo aulas de inglês no Brasil, mas a professora não era especialista em IELTS e, por isso, ela não corrigia isso nas minhas redações. É por isso que minha dica é: faça aulas com professor especialista em IELTS, se você quiser ter máximo proveito da sua preparação e maiores chances de obter o resultado desejado.

Durante minhas preparações, a Soraya corrigia minhas redações e meu speaking e já me dizia qual era a nota que eu tinha condições de tirar. Bateu tudo em cima. Claro, zebras podem acontecer. No entanto, de forma geral, você vai para a prova já com uma boa noção do score que pode atingir. E, se você tiver tempo hábil pra isso, você pode adiar a prova para uma data em já esteja preparado suficientemente para conseguir a nota desejada. Por isso, de novo eu digo: ter um professor especialista pode significar economia de tempo, energia e até dinheiro.

Dica #2: Absorvendo a estrutura do Writing.

Ter um professor que corrija suas redações é a melhor estratégia para o writing. Mas muita gente tem dificuldade de “absorver” o formato padrão para fazer os essays. Eu acho que algo que pode ser muito útil nesse processo é “copiar” essays já prontos. Isso faz com que a aprendizagem dessa estrutura “entre” pela ponta dos dedos. Com isso, você vai automatizando os usos dos linkers, da forma de escrever a introdução e a conclusão, da estrutura geral do essay. Eu queria ter usado essa estratégia, mas não tive tempo suficiente pra isso. Mesmo assim, estou sugerindo porque tenho um feeling de que isso é útil, principalmente para aqueles que têm mais dificuldade com o writing.

Dica #3: Listening: pratique, pratique, pratique

Para o listening não tem muito segredo. É preciso praticar para pegar o jeito da prova. De qualquer maneira, um professor especialista pode ajudar com orientações pra você se sair melhor.

No meu caso, eu tive que fazer (e refazer) vários testes pra criar minhas próprias estratégias pra contornar meus pontos fracos. Meu ponto fraco #1 para o listening é que eu sou uma pessoa de atenção muito focada (mas é muito mesmo!).

Claro que consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso depende muito da natureza da atividade. Quando eu começo, por exemplo, a escrever a resposta ou a ler as alternativas de uma questão do listening, no mesmo momento, eu paro de ouvir o que está sendo dito. Mas eu paro total, não ouço mais nada mesmo! Com isso, eu acabava perdendo a resposta da pergunta seguinte. Às vezes, acontecia de eu perder 2 ou 3 questões.

Dificuldade de muitos

Eu achava que esse era um “defeito” particular meu, mas conversando com amigos, percebi que várias pessoas têm o mesmo tipo de dificuldade. Então, compartilho aqui como eu fiz. Quem sabe isso possa te ajudar também. 🙂

Minha estratégia foi a seguinte: por repetição, fui treinando meu cérebro a continuar ouvindo quando anoto a resposta. E tive que aumentar muito a velocidade com que eu anoto a resposta (ou leio as alternativas) da questão, porque aí fico menos tempo sem ouvir o que está sendo dito no áudio da prova. É um esforço grande que tenho que fazer para meu cérebro não desligar totalmente o listening e, ao mesmo tempo, escrever rápido a resposta. Practice makes perfect. É isso.

Por incrível que pareça, as questões de fill in the blanks não são as mais difíceis pra mim. Mesmo a seção 4 do listening eu acho fácil. Basta eu ficar atenta à sequência do texto e ir escrevendo (garranchos) o que eu escuto quando ele fala a(s) palavra(s) da resposta.

Meu problema mesmo está nas seções 2 e 3. Geralmente você tem que marcar alternativas ou fazer matching de 2 colunas de informações. Nestas, por eles falarem rapidamente um grande número de informações, eu geralmente me perdia.

Minha estratégia para as seções 2 e 3 foram as seguintes:

1ª: Para questões “escolha uma alternativa correta”

Neste tipo de questão, eu vou riscando as alternativas erradas (no caso, fiz isso para a alternativa C acima). Muitas vezes, ele dá uma informação que parece que é alternativa correta e, em seguida, ele muda a informação dada. Neste caso, se eu assinalei essa alternativa, em seguida eu a risco, como fiz no caso da letra B acima.

Eu gosto de ir riscando as alternativas erradas porque isso me dá mais segurança de que estou marcando realmente a alternativa que é a correta.

2ª: Para questões “marque 2 alternativas corretas”

Da mesma forma que no tipo de questão anterior, eu vou riscando as que eu escuto como sendo alternativas erradas (mesmo que eu já tenha ouvido/marcado as corretas). Eliminar as erradas dá mais segurança das alternativas escolhidas como certas.

3ª. Questões com mapas/diagramas/projetos

No caso de mapas (ou projetos, como no caso ao lado), eu prefiro ir desenhando o “trajeto” que ele vai falando, até chegar no local que ele está descrevendo. E aí eu coloco o número daquele local (17 no caso de restaurante, por exemplo) dentro do próprio mapa. No final, eu transcrevo os números do mapa para a lista dos locais que fica abaixo do mapa. Eu acho que assim fica mais fácil pra não se perder na indicação dos lugares.

 

4ª. Questões de matching:

Essa é uma das piores pra mim, porque é preciso ficar atento a todas as alternativas disponíveis no box pra saber qual delas corresponde aos números da lista que vem abaixo. No início, eu tentava escrever as letras direto na lista de baixo, mas sempre me perdia.

Então, comecei a manter a atenção sobre o que é que está sendo falado (20th and 21st century…. por exemplo) e eu fico muito atentamente escutando o áudio e olhando pras alternativas dentro do box (letras A até G). Quando escuto ele falar a alternativa correta, eu coloco o número do lado da letra. Parece uma coisa boba, mas esse movimento de olhar para a lista na parte de baixo e escrever a letra lá já faz você perder tempo e concentração. Então, eu prefiro anotar o número dentro do box mesmo, do lado da alternativa correta. Em seguida, eu já mantenho minha mente alerta, sabendo que a próxima informação vai ser dada sobre o item seguinte da lista (19th century, por exemplo). No final, transcrevo as letras que escrevi no box para a lista de alternativas abaixo dele.

5ª. Questões de spelling na 1ª parte do Listening.

Essa era meu Tendão de Aquiles. Muitas vezes eu errava e ficava indignada por perder uma questão logo na 1ª (e mais fácil) parte do teste.

Números de telefones e zip codes são mais fáceis de anotar, já que você logo se habitua ao formato deles. Minha dificuldade residia nos nomes longos e muito diferentes. No início, eu ouvia e tentava anotar quando eles faziam o spelling. Depois, percebi que eu me perdia no meio do spelling, justamente porque eu deixo de ouvir quando começo a escrever… Damn it!

Então, passei a escrever o nome em garranchos quando eu ouço. Em seguida, eu posso conferir/corrigir o que eu escrevi, ouvindo o spelling. É difícil acertar letras duplas (NN, LL, …) na primeira tentativa de escrita. Mas isso você terá condições de corrigir isso quando ouvir o spelling. Parece uma estratégia besta, mas pra mim funcionou. Eu quase sempre errava a escrita de nomes complicados e passei a acertar quando comecei a fazer assim.

Dica #4: Estratégias para o Reading

Skimming and scanning é a técnica adequada pra usar na maior parte das questões do Reading test. Isso porque a prova é elaborada para ser feita usando essa técnica. Eu nem sequer sabia disso. Sempre tive o hábito de ler os textos, ainda que fizesse uma leitura dinâmica. Soraya me alertou de que eu tinha que usar essa técnica porque a prova é elaborada para ser feita assim. Com isso, eu terminei a prova com mais de 10 minutos de folga antes do tempo terminar – e acertei 100% das questões.

No entanto, essa técnica de Skimming and scanning não se aplica à parte “matching headings”. Nessa parte da prova, você vai ter que ler os parágrafos (ainda que rapidamente) pra poder fazer o “matching

Dica #5: Estratégias para o Speaking

As aulas com professor especialista ajudam demais, porque ele sabe os conteúdos que estão sendo pedidos com mais frequência nas provas mais recentes. Isso ajuda muito na preparação. Além disso, ele sabe o que é esperado que você responda e faz o papel de examinador da prova de speaking.

Nem tenho muito o que falar de estratégia de speaking, porque me parece meio óbvio que você precisa de uma pessoa qualificada para te ajudar a se preparar para este tipo de prova.

CLB 9 no IELTS: Resumo da Ópera

Óbvio que a dedicação do aluno é fundamental. A preparação para o Reading e Listening você pode fazer sozinho. Mas o Writing e o Speaking são provas para as quais ter o auxílio de um professor especialista é fundamental. Assim, você vai conseguir atingir o CLB desejado muito mais rápido e de forma menos desgastante.

E você? Está se preparando para o IELTS também? Quais suas estratégias? Compartilhe com a gente nos comentários, para que mais pessoas possam se beneficiar. 🙂

Pra você que quer estudar para o IELTS:

Soraya Quirino no Canadá Agora

Canadá Agora –  Prepare-se para o IELTS e TOEFL

Nota: perdoem as figuras meio feias no meio do post. Fiz questão de pegar casos reais dos testes que fiz em casa. 😉