Mudar de país em busca da felicidade

Primeiro vamos entender o que é a felicidade.

Se olharmos no dicionário felicidade é: êxito, satisfação e estado de contentamento.

Um grupo de pesquisadores de Harvard estudaram 800 pessoas durante 80 anos. O estudo mostrou que em geral quanto maior a renda familiar maior é a longevidade. Foi observado também um maior índice de pessoas alcoólatras, obesas e fumantes entre pessoas pobres. Mas quando se analisava individualmente descobriam que pessoas que tinham um péssimo histórico familiar e problemas de saúde se diziam serenos e felizes.

A pesquisa revelou que o alcoolismo é diretamente ligado ao fracasso e que o grau de inteligência ou posição política não interfere na felicidade.

Revelou também que para aumentar as chances de sermos felizes devemos nos focar em não fumar, não abusar do álcool, manter um peso corporal saudável, fazer atividades físicas, manter bons relacionamentos com as pessoas, obter um bom nível de estudo e ter um relacionamento estável.

Já a relação com a mãe está diretamente ligada ao grau de felicidade dos indivíduos. Pessoas que tiveram infância e juventude felizes e que fizeram uma faculdade têm tendência à serem mais felizes que pessoas que tenham bastante dinheiro.

Prevendo a felicidade

Cientistas de Londres dizem prever a felicidade com uma equação que leva em consideração as expectativas sobre o futuro e o que conquistamos no passado. A felicidade está relacionada às atividades nas áreas do cérebro ligadas à produção de dopaminas. “O cérebro tenta descobrir o que você tem que fazer para obter recompensas, de forma que todas as decisões, expectativas e resultados se tornam informações que serão usadas para garantir a tomada de boas decisões no futuro”, “Todas as expectativas e recompensas recentes se combinam para determinar o seu estado de felicidade atual.”afirmou Robb Rutledge

Segundo estes cientistas, a felicidade seria a diferença positiva entre as expectativas e os resultados obtidos.

Onde fica a felicidade

Cientistas japoneses identificaram a área do cérebro onde fica armazenada a felicidade, fica na região cerebral chamada precuneus, localizada no lóbulo parietal. Eles descobriram após scannear o cérebro de varias pessoas que as que se consideravam felizes tinham uma maior massa cinzenta no precuneus.

Um sociólogo holandês se dedicou à estudar o nível de felicidade das pessoas de acordo com o país em que elas vivem. Segundo o seu estudo numa escala de 1 à 10 em 1960 o nível de felicidade dos brasileiros era de 4,6 e em 2013 era 7,5.

Segunda a psicóloga brasileira Ângela Solgio chegar à felicidade “é um conceito amplo e relativo à cultura e ao próprio indivíduo. Em cada momento da história, há um consenso do que é ser feliz e cada pessoa define o que, para ela, é felicidade.” Ângela afirma que viver em sociedade, levar em conta os seus limites, obedecer a regras sociais, respeitar os outros e vencer o próprio medo são obstáculos para se chegar à felicidade.

Isabel Abecassis Empis, psicoterapeuta portuguesa, afirma que nós não somos os acontecimentos da nossa vida, mas nossa relação com eles. “Na expectativa, estamos sempre à espera que o outro, o mundo, a vida seja aquilo que nós pensamos que precisamos para realizar o nosso sonho ou ser feliz. Quando, na verdade, é na esperança que está a possibilidade de sonhar e de realizar a partir de nós mesmos.”

A felicidade não está nas coisas

As pessoas dizem geralmente que são felizes quando elas conquistam algo, ficam felizes com a compra de um carro novo, uma casa, quando fazem uma viagem ou quando estão em companhia de pessoas que ama. Mas estudos revelam que a felicidade está ligada à gratidão que demonstramos.

Uma enfermeira australiana escreveu sobre o arrependimento de pessoas que estavam prestes à morrer. As coisas que ela mais ouviu foram: Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e não da forma que os outros queriam. Queria não ter trabalhado tanto. Queria ter falado mais sobre meus sentimentos. Não queria ter perdido contato com meus amigos. Queria ter me permitido ser feliz.

Não tenha medo de mudar

Se você sente a necessidade de mudar completamente de ambiente para se sentir feliz, meu conselho é: faça o seu caminho! Não tenha medo das mudanças. Obstáculos aparecerão, mas você tem um potencial enorme para enfrentá-los. Você pode mudar a sua vida para melhor. Escute a sua voz interior, seja honesto com você e com os outros. Não crie muitas expectativas e seja grato por tudo.

Você sabia que o Québec é o segundo lugar do mundo com o maior índice de pessoas felizes? Somos mais felizes que os americanos, ingleses, noruegueses, finlandeses, suíços e todo o resto do planeta. Só perdemos para os dinamarqueses. Os brasileiros se encontram de 17o lugar da escala mundial.

As 2 cidades do Quebec que se destacam são Saguenay e Trois-Rivières. Para quem tava achando que era ruim morar nessas cidades menores do Québec, a pesquisa mostra que não. Apesar de todos os pesares, o Québec, que é considerada como a província mais pobre, com maior casos de corrupção, onde se paga mais taxas e a mais endividada do Canadá, conta com pessoas mais felizes.

Referências

• O gene da felicidade é québecois (francês)
• Cientistas britânicos elaboram a equação da felicidade
• Cientistas identificam área do cérebro responsável pela felicidade
• Cientistas estudam felicidade e apontam caminhos que podem levar a ela
• Qual é a melhor forma da felicidade?
• Os 5 arrependimentos mais comuns à beira da morte